Segundo a Organização das Nações Unidas, a ONU, há 118 mil palestinos abrigados nas 80 escolas da organização na Faixa de Gaza e estão todas correndo perigo, pois o governo de Israel, em sua guerra contra o grupo palestino Hamas, não respeita sequer os locais onde os civis estão refugiados.
No dia 24 de julho, uma escola foi bombardeada deixando pelo menos 15 mortos e mais de 200 feridos. Seis dias depois (30/07), outra escola da ONU foi bombardeada, deixando 19 mortos e mais de 100 feridos.
Ontem (03/08) ocorreu o terceiro ataque a uma escola da ONU. Pelo menos 10 pessoas morreram e 35 ficaram feridas, quando um míssil caiu próximo da entrada da escola, atingindo aqueles que estavam aguardando numa fila de distribuição de alimentos.
Abaixo alguns trechos de uma matéria do G1:
Chefe da ONU diz que novo ataque a escola em Gaza é ‘ato criminoso’ (03/08/2014)
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse neste domingo (3) que o novo ataque a uma escola das Nações Unidas em Gaza, no qual 10 pessoas morreram, é um “ultraje moral e um ato criminoso”, e exigiu que os responsáveis pela “grave violação do direito internacional humanitário” sejam responsabilizados.
O exército israelense admitiu ter disparado contra alvos perto da escola da ONU em Rafah: "O exército israelense disparou contra três terroristas da Jihad Islâmica que estavam em uma moto perto da escola da ONU em Rafah. As forças de defesa de Israel examinam as consequências (do disparo)", afirma o comunicado.
A escola da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) servia de abrigo para mais de 3 mil palestinos que deixaram suas casas durante os combates com Israel.
"Esta loucura deve parar", enfatizou o secretário-geral em um comunicado lido por seu porta-voz, no qual pede a Israel e ao Hamas que terminem com os combates e negociem um acordo de paz no Cairo.
“As forças de defesa de Israel são repetidamente informadas sobre a localização destes lugares”, disse, sem atribuir explicitamente a responsabilidade do ataque em Rafah a um lado ou outro. [...]
Este é o 27º dia do recente conflito entre Israel e o Hamas, que governa a Faixa de Gaza.[...] Do lado palestino, a operação matou mais de 1.850 pessoas, em sua maioria civis.Mais ataques acontecem, a ONU faz discursos e nada mais.
Os EUA fazem discursos mostrando-se indignados e ao mesmo tempo enviam mais armas a Israel.
Nesse ritmo, não há qualquer esperança de que o conflito termine cedo. A ONU já divulgou que, em Gaza, boa parte da infraestrutura civil já foi destruída. Em breve uma catástrofe sanitária pode estar a caminho, pois nem água encanada há mais. Há poucos dias a única usina elétrica de Gaza também foi bombardeada.
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