Meus Documentários


Liberem a Maria Juana

Em 18 de maio, foi realizada a primeira Marcha da Maconha em Maceió, na praia da Ponta Verde.

Dentre as cerca de 400 pessoas que estiveram presentes, havia estudantes, professores e profissionais de diversas áreas. Havia muitos usuários de maconha, assim como também não-usuários que simpatizam com a causa.

Havia na marcha desde jovens de classe média alta até moradores da periferia, que formavam a maioria dos que estavam presentes. Até mesmo integrantes de torcidas organizadas rivais participaram juntos da Marcha sem que houvesse conflitos entre eles; algo raro em Maceió.

Os jovens, bem animados, gritavam palavras de ordem como “Oh Dilma… Roussef… legaliza o beque”, “Ei polícia! maconha é uma delícia!” e até “Eeeeeuu sou maconheiro… com muito orgulho… com muito amoooor”. .

Quando os manifestantes foram para a rua, o BOPE logo foi para a frente da pista e bloqueou-a com seus escudos e um carro do canil. A rua ao lado foi bloqueada pela cavalaria da PM. Não haveria lugar para onde ir.

Nesse momento, fiquei com muito medo que a polícia resolvesse atacar a manifestação e dispersá-la. Foram momentos de tensão e negociação com os representantes da prefeitura para tentar liberar a pista.

Isso e muito mais está registrado no documentário “Liberem a Maria Juana”. Também foram realizadas entrevistas com os organizadores nos dias anteriores da marcha, mostrando as expectativas dos mesmos sobre o evento, a motivação deles em realizar uma marcha da maconha em Maceió e suas opiniões sobre o tema.





Derrubaram o Pinheirinho

É o documentário que produzi em 10 meses de trabalho.

É um documentário que conta a história dos quase 6000 moradores da ocupação "Pinheirinho". Essas pessoas moravam desde 2004 num terreno abandonado há mais de 20 anos, em São José dos Campos. Esse terreno era de propriedade de uma empresa que havia falido em 1989, a Selecta, pertencente ao empresário Naji Nahas.

Em julho de 2011, a justiça ordenou que as famílias fossem retiradas de lá. Em 22 de janeiro de 2012, a Polícia militar do estado de São Paulo realizou a reintegração de posse, colocando todos os 6000 para fora. A maioria deles saiu apenas com a roupa do corpo. No mesmo dia em que os moradores foram retirados do terreno, os tratores começaram a derrubar as casas com todos os pertences dos moradores dentro; o que é totalmente ilegal.

Essas pessoas além de perderem o teto, perderam tudo o que tinham, tudo o que compraram em quase 8 anos de trabalho. A maioria das famílias eram bem pobres, que ganhavam entre 0 e 3 salários mínimos, o que é bem pouco num estado com alto custo de vida como São Paulo.

O governo, em vez de regularizar a situação dos quase 6000 moradores, preferiu expulsar  todos eles do terreno e criar um imenso problema social na cidade.

Este documentário conta a história completa do Pinheirinho, desde a origem do terreno até a ocupação em 2004, as várias tentativas de acabar com a ocupação, as tentativas de segregar os moradores, as falsas promessas da prefeitura em regularizar o terreno, a reintegração em janeiro de 2012, até os fatos mais próximos de janeiro de 2013, quando o documentário foi finalizado.


0 comentários:

Postar um comentário