O conflito na Faixa de Gaza está durando mais do que Israel esperava e custando bem caro também.
Um jornal israelense estimou que a guerra já custou ao país um valor próximo de 12 bilhões de Shekels, que convertido em dólares (1 dólar vale hoje 3,43 shekels), equivale a quase 3,5 bilhões de dólares. O PIB de israel em 2013 foi de U$ 272 bilhões.
Abaixo estão alguns trechos de uma matéria da Reuters:
Conflito em Gaza irá afetar, mas não quebrar economia de Israel (29/07/2014)
A guerra de Israel contra militantes palestinos na Faixa de Gaza deve custar ao país bilhões de dólares, o que prejudicará temporariamente o seu crescimento econômico e pressionará as fianças do governo.
O banco central calcula que os combates, contanto que se limitem a Gaza, podem tirar no máximo meio ponto percentual do crescimento da economia neste ano.
Israel lançou a ofensiva em Gaza, controlada pelo Hamas, três semanas atrás tentando conter os foguetes. O que começou com ataques aéreos se tornou uma batalha campal que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse poder demorar algum tempo.
O Banco de Israel reduziu sua taxa básica de juros para 0,5 por cento, ante 0,75 por cento, na segunda-feira, em parte para compensar o dano econômico causado pelo conflito.
[...]Israel não pode dar como certo de que a recuperação será automática, já que alguns investidores estrangeiros podem deixar de investir em um país sujeito a disparos de foguete.
O jornal israelense Yedioth Ahronoth estimou que a operação militar custou até agora 12 bilhões de shekels, ou 1,2 por cento do PIB.
Mas Michael Sarel, ex-economista-chefe do Ministério das Finanças, afirmou haver uma chance de a ofensiva se transformar em mais um levante palestino, e que isso afetaria seriamente a economia.
Talvez a esperança dos palestinos para o fim dessa guerra seja o aumento excessivo de gastos de Israel.
Se os gastos começarem a se tornar muito pesados a ponto de o PIB se tornar nulo ou negativo, Israel pode resolver parar o conflito. Talvez seja a única chance dos palestinos, já que nem ao menos os EUA, que são o maior aliado de Israel consegue convencê-los a parar de atacar ou ceder em quaisquer das reivindicações palestinas.
Essa é uma guerra em que ninguém vai eliminar o outro lado. Israel tem mais de 50 mil soldados nessa guerra e já convocou mais 16 mil reservistas. Do outro lado, o Hamas está numa guerra de guerrilhas, como sempre faz, o que prolongará muito o conflito. Dos mais de 1400 palestinos mortos, cerca de 70% são civis, segundo as estimativas apresentadas pela imprensa. Ou seja, apenas algo próximo de 400 são membros do Hamas. Isso mostra que derrotar o grupo é um objetivo que ainda está muito longe.
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