A jornalista Stefanie Dekker disse que "dois tiros muito precisos" foram disparados contra o prédio |
Nesta segunda-feira (21/07), o exército israelense atirou contra o último andar do prédio onde estavam os jornalistas da TV Al Jazeera do Catar e da Associated Press dos Estados Unidos. Felizmente desta vez não houve vítimas.
Em 2012, no último ataque de Israel à Faixa de Gaza também foi bombardeado o prédio da imprensa internacional. A cena é mostrada na notícia do jornal do SBT abaixo.
Uma coisa interessante a se observar é que essa reportagem de 2012 parece exatamente com qualquer reportagem divulgada nos últimos dias. Se eu dissesse a vocês que essa notícia foi publicada ontem, provavelmente muitos acreditariam.
Estão morrendo pessoas em escolas, hospitais e em diversos alvos que jamais deveriam ser bombardeados.
Israel tem usado constantemente a desculpa de que o Hamas estaria usando esses locais para lançamento de foguetes. Assim estariam desculpados de todos assassinatos que cometeram. Neste domingo, um dos bombardeios chamou a atenção. Nove pessoas da mesma família morreram num bombardeio. Em outro, morreram 15 pessoas que estavam dentro de uma mesma casa. A desculpa sempre é a mesma. Havia alguém do Hamas por perto.
Será que agora vão dizer que o Hamas estava lançando foguetes também do prédio onde a imprensa estava?
No momento em que escrevo, o número de mortos na Palestina já chegou a 607; em Israel, são 29.
Abaixo alguns trechos de uma matéria do Opera Mundi:
Ainda na segunda-feira, após reunião com o seu homólogo de Ruanda, o ministro de Assuntos Exteriores afirmou que estuda expulsar a rede de notícias Al Jazeera de Israel. Segundo ele, a "Al Jazeera abandonou qualquer semelhança a uma marca de mídia com credibilidade e transmite – tanto dentro de Gaza como fora, para o mundo – incitações antissemitas, mentiras, provocações e encorajamento para terroristas”.
Um dia após estas declarações, um avião de combate israelense bombardeou, sem causar vítimas, o último andar de uma torre no centro de Gaza, onde fica a sede da televisão catariana Al Jazeera e os escritórios da agência de notícias americana AP.
"Nos disseram que foi um erro, mas que de qualquer maneira era melhor que não voltássemos a nos aproximar", explicou à Agência Efe um dos jornalistas que estavam sentados na frente do edifício, protegidos com capacetes e coletes a prova de bala.
obs: Só uma correção nessa matéria. O andar do prédio foi alvejado com tiros e não bombardeado.
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