Eloísa Samy, de 45 anos, é uma advogada que faz parte da ONG DDH (Defensores de Direitos Humanos).
Neste momento, Eloísa se encontra dentro do consulado do Uruguai, que está cercada por policiais militares e agentes da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI).
Ela resolveu ir até o consulado do Uruguai, pois lá a polícia não pode entrar, pois o local é considerado território uruguaio.
Ela fez um pedido de asilo político ao governo uruguaio, com a intenção de poder se defender das acusações que pesam sobre ela e mais 22 ativistas, acusados de "Formação de quadrilha armada". Todos eles fizeram parte ativamente dos protestos no Rio de Janeiro.
Os 23 ativistas são acusados de "depredar o patrimônio privado e público; resistir com a utilização de violência contra a pessoa, com o arremesso de pedras e de artefatos incendiários tendo como alvo, principalmente, policiais militares e outros agentes de segurança pública; lesões corporais; posse de artefatos explosivos, notadamente bombas de fabricação artesanal; e corrupção de menores, incentivando a participação de adolescentes.".
É importante lembrar que a acusação de "Formação de quadrilha armada" é muito frágil, pois só foi encontrada uma única arma de fogo na casa dos acusados e pertencia ao pai de um deles, que estava com porte de arma vencida e por isso também foi preso.
Eloísa gravou um vídeo de 2 minutos dentro do consulado do Uruguai, em que conta um pouco de sua história, se defende das acusações e afirma ser uma perseguida política por ter atuado na defesa do direito de protestar.
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