quarta-feira, 12 de março de 2014

Filho de Bolsonaro foi eleito para comissão de Direitos Humanos no Rio

O vereador Carlos Bolsonaro em foto postada no blog da família Bolsonaro.

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PP), filho do deputado federal Jair Bolsonaro, foi reeleito vice-presidente da comissão de Direitos Humanos da câmara de vereadores do Rio de Janeiro. 

Dos 33 votos, 15 foram para a vereadora Teresa Bergher (PSDB), que ficou com a presidência da comissão, 12 foram para o Carlos Bolsonaro (PP) e 5 para o terceiro concorrente, o vereador Renato Cinco (PSOL).

O vereador Renato Cinco claramente insatisfeito com o resultado declarou: "Simplesmente, achei que deveria marcar posição ao querer a vice-presidência. Não entendo como um vereador que é contra os direitos humanos ocupe esse cargo na comissão. No primeiro ano, era novato e não quis brigar.".

O vereador Carlos Bolsonaro respondeu: "A escolha dos cargos foi baseada na nossa votação em plenário e ele (Cinco) concordou que fosse assim. Defender direitos humanos é defender a maconha, defender vagabundo? Acho que ele precisa relaxar, fumar um baseado de alguém que defende porque está muito nervoso.".


É um absurdo que políticos como Jair e Carlos Bolsonaro queiram ocupar e até ocupem comissões de direitos humanos. O único papel deles nessas comissões é de obstruir qualquer avanço possível nessa área, já que eles vivem constantemente em conflito com todos os ativistas de Direitos Humanos. O mesmo papel de obstrução seria exercido com políticos ruralistas em comissões do meio ambiente.

No ano passado o pastor Marco Feliciano se tornou presidente da comissão de Direitos Humanos da Cãmara dos deputados federais em Brasília, sob fortes protestos de grupos LGBT, do movimento negro e diversos movimentos sociais, por declarações consideradas homofóbicas e racistas.

Jair Bolsonaro, que defende abertamente o governo da ditadura militar, que por pouco não se tornou o novo presidente da comissão, perdendo por apenas 2 votos, havia declarado que se ele fosse eleito, muitos sentiriam saudades do pastor Marcos Feliciano.

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