terça-feira, 12 de agosto de 2014

Friboi, a maior doadora de campanhas "doa" para Dilma, Aécio e Campos


Apenas no primeiro mês de campanha, os partidos políticos já foram declararam que receberam R$ 123 milhões em "doações" de campanha.

Apenas 10 empresas doaram 54% de todo esse valor.

Abaixo estão alguns trechos de uma matéria do G1:
PMDB é partido que mais recebeu doações no 1º mês de campanha (10/08/2014)
Mais da metade das doações a todos os partidos – 54% – veio das dez empresas que doaram os maiores valores.
Até o momento, a maior doadora é a JBS [dona da marca Friboi], que distribuiu R$ 27,3 milhões para os diretórios nacionais de PR, PSD, PP, SD e PRP. Maior empresa de carnes do mundo, a empresa também fez doações diretamente para os presidenciáveis de PT, PSDB e PSB.
Também fizeram doações nesta primeira etapa da campanha eleitoral a construtora OAS (R$ 7,7 milhões),  CRBS (R$ 7,7 milhões),  Queiroz Galvão (R$ 6,9 milhões), UTC Engenharia (R$ 3,8 milhões), Cosan Engenharia (R$ 3 milhões), Carioca Chrsitiani Nielsen Engenharia (R$ 3 milhões), Banco Safra (R$ 3 milhões), Arosuco (R$ 3 milhões) e Via Engenharia (R$ 2,5 milhões).
Muitas das empresas também doaram diretamente aos presidenciáveis ou podem ter doado ainda dinheiro para as legendas neste ano, mas fora do período eleitoral.
De acordo com outra notícia do G1, desses 27 milhões doados pela JBS, 11 milhões foram doados aos candidatos à presidência, sendo R$ 5 milhões a Dilma, R$ 5 milhões a Aécio Neves e R$ 1 milhão para Eduardo Campos.

Essa é uma velha estratégia  de algumas empresas. Elas não investem apenas em um candidato. Investem em todos os que têm chance de ganhar, para que sejam beneficiadas independente de quem seja o vencedor.

Isso mostra claramente que esse tipo de empresa vê a vitória dos candidatos à presidência apenas como mais um negócio a investir. Dessa forma, no próximo governo haverá políticos no executivo e no legislativo que defenderão os seus interesses.

Após as eleições há uma pressão constante por parte dessas empresas sobre esses políticos, para que coloquem as necessidades delas na frente das necessidades da população ou não conseguirão mais doações nas próximas eleições. 

As empresas ameaçam doar para um candidato concorrente na eleição seguinte, se não for atendida. Isso é algo realmente aterrorizante para a maioria dos políticos.

Desde o ano passado, o Supremo Tribunal Federal está julgando, a passos de tartaruga, uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI), feita pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que questiona a constitucionalidade das doações de empresas privadas (pessoas jurídicas) para campanhas eleitorais.

A maioria dos juízes do supremo já votaram a favor, mas o julgamento ainda não acabou. Até lá, eles ainda podem mudar seus votos. 

Se decidirem pela inconstitucionalidade, nas próximas eleições esse tipo de doação já estará proibida.
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