Foto de adeptos da tática Black Bloc. Fonte: Estadão. |
obs: Apesar de afirmarem que "Black Bloc" é uma tática de protesto e não um grupo, continuarei me referindo a eles como um grupo, pois na prática são um grupo que vão ás ruas para pôr em prática a tática.
Abaixo está um trecho da reportagem do Estadão:
Mesmo após o uso de um rojão causar a morte do cinegrafista Santiago Andrade em um protesto no Rio, os adeptos da tática black bloc, em São Paulo, prometem radicalizar durante as manifestações contra a Copa do Mundo e não descartam nem mesmo ataques contra delegações de times estrangeiros.
“Nossa tática nunca foi ferir civis, mas, se não formos ouvidos, a gente vai dar susto em gringo. Não queremos machucar, mas se for preciso ‘tacar’ (coquetel) molotov em ônibus de delegação ou em hotel em que as seleções vão ficar, a gente vai fazer”, disse, em entrevista ao Estado, o estudante Pedro (nome fictício), adepto da tática em São Paulo.
De acordo com o manifestante, o objetivo é mostrar para os estrangeiros que o País não tem segurança e fazê-los desistir de ficar no Brasil. “Se uma seleção sentir que há risco de vida, eles vão querer continuar aqui? Não somos contra a Copa do Mundo nem contra o futebol. A nossa luta é por uma educação e uma saúde melhores”, afirmou o jovem, morador de Itaquera, na zona leste.
Ele disse que a morte do cinegrafista da Band foi uma fatalidade e que os responsáveis pela ação não são black blocs.
A matéria completa do Estadão pode ser acessada no link abaixo:
http://br.noticias.yahoo.com/black-bloc-sp-vai-radicalizar-copa-115700157.html
obs: pus o link do site do yahoo, pois o site do Estadão tem restrições de acesso.
Me preocupa bastante os rumos que os Black Blocs estão tomando. Se decidirem realmente passar a atacar civis, perderão o pouco de apoio que resta a eles. Uma coisa é a destruição de patrimônio, pois isso pode ser reconstruído, recomprado. Nesses casos pode-se indenizar as pessoas dos prejuízos materiais.
http://br.noticias.yahoo.com/black-bloc-sp-vai-radicalizar-copa-115700157.html
obs: pus o link do site do yahoo, pois o site do Estadão tem restrições de acesso.
Me preocupa bastante os rumos que os Black Blocs estão tomando. Se decidirem realmente passar a atacar civis, perderão o pouco de apoio que resta a eles. Uma coisa é a destruição de patrimônio, pois isso pode ser reconstruído, recomprado. Nesses casos pode-se indenizar as pessoas dos prejuízos materiais.
Mas se pessoas ficarem gravemente feridas ou até morrerem em decorrência da ação deles, de maneira proposital ou por acidente, de que valerá essa luta? É assim que irão lutar por uma sociedade melhor? Atacando estrangeiros que vierem ao Brasil?
Se o Estadão realmente replicou na matéria exatamente o que eles disseram e realmente pretendem jogar coquetéis molotov na direção dos hotéis ou nos ônibus dos atletas estrangeiros, estão assumindo o risco de ferir gravemente e até de matar civis. Ou será que um coquetel molotov é bobagem?
Abaixo segue um vídeo de um coquetel Molotov arremessado contra uma barreira de policiais aqui no Brasil num protesto no ano passado.
Neste outro vídeo, aos 0:35 mostra um policial atropelando com uma moto um manifestante. Em represália ao ataque da polícia, jogam um coquetel molotov no policial.
Em certas situações de luta pelos direitos, muitos podem até compreender o uso da violência quando é para se defender de ataques da polícia. Sou a favor de que, se os manifestantes estiverem apanhando, sem terem feito qualquer ato violento, tenham o direito de revidar. Porém sou contra iniciar os ataques contra a polícia sem que ela tenha feito alguma atitude agressiva contra os manifestantes antes, pois isso só vai provocar a polícia, que acabará atacando os que estavam pacíficos.
Pode-se até em alguns casos se tolerar um ataque à polícia para se proteger, mas jamais será tolerável atacar civis com armas desse tipo. Pessoas inocentes que nada têm a ver com o conflito não podem se tornar reféns da luta entre policiais e manifestantes e se tornarem alvo de algum deles. Um manifestante atacar um civil de propósito seria tão repugnante quanto a ação dos policiais que atiraram na cara de jornalistas em muitos protestos.
Da mesma forma que um rojão que ia ser disparado na direção da polícia, acabou por acidente matando o cinegrafista Santiago Andrade, um molotov poderia fazer a mesma coisa. Se qualquer um deles passar realmente a atacar civis, o que eu realmente espero que não aconteça, perderão todo apoio de outros manifestantes, que não vão querer estar associados a ataques contra inocentes. Fazer ataques desse tipo não irá diferenciá-los em nada dos ataques da polícia que eles tanto criticam.