sábado, 16 de outubro de 2010

FAO: Um bilhão de pessoas não têm o que comer



Primeiramente colocarei a notícia oficial e abaixo colocarei minha opinião:

Maputo, Moçambique (Agência Brasil) – Em todo o mundo, 925 milhões de pessoas vão passar este dia 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, sem ter o que comer. O número é equivalente às populações somadas dos Estados Unidos (300 milhões), do Brasil (190 milhões), do Japão (130 milhões), da Alemanha (82 milhões), da França (63 milhões), do Reino Unido (60 milhões), da Itália (58 milhões) e da Espanha (40 milhões).
Os dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), pela primeira vez em 15 anos, indicam uma melhora no quadro geral da fome no mundo. Em 2009, 1,023 bilhão de pessoas eram consideradas famintas, 9,6% mais do que este ano.

Uma das causas para a redução é a queda dos preços dos alimentos nos mercados internacionais e nacionais iniciada em 2008. Para o representante da FAO em Moçambique, o uruguaio Julio de Castro, há outro fator a ser considerado: a oportunidade de negócio. “O comandante de um navio carregado de grãos recebe um telefonema: 'precisamos de 50 mil toneladas no Quênia.' O barco segue para lá e preço sobe ou desce. E ligam para ele de novo: 'pagam mais no Líbano'. E o barco muda a rota. É especulação, negócio. Não é questão de concordar ou discordar. Mas isso tem uma importância na distribuição [dos alimentos]."

Para a FAO, a produção mundial de alimentos precisa aumentar 70% para alimentar a população que o mundo terá em 2050, estimada em 9 bilhões de pessoas. Os governos devem investir mais na agricultura, expandir redes de segurança e programas de assistência social, reforçar atividades que geram renda para as áreas rurais e urbanas mais pobres e criar mecanismos adequados para lidar com situações de crise e proteger as populações mais vulneráveis.

A entidade também reforçou o pedido para participação na campanha Unidos Contra a Fome, que coleta assinaturas para chamar a atenção para o problema. A meta de um milhão de adesões foi alcançada um mês e meio antes do previsto, em novembro...

MINHA OPINIÃO

O problema da miséria não é resultado da situação econômica de um país específico e nem da quantidade de alimento produzido.

Há muito tempo ouvimos que um dos motivos de não haver comida para todos é que a produção de alimentos não é suficiente. Isso é uma grande mentira. Há tanta gente passando fome, por que o alimento é produzido, pelas grandes empresas agrícolas, apenas com a intenção de gerar lucro e não com a intenção de alimentar a quem precisa.

Tenho certeza de que a quantidade de alimentos produzidos pelo mundo alimentaria uns dois planetas terra, tranquilamente. O problema é que só come quem pode pagar pela comida. Quem não pode pargar, passa fome.

Vemos direto o discurso de que até o ano 20XX o mundo terá de aumentar em X% a quantidade de alimentos produzidos, para que possa atender as necessidades alimentícias desse período. É tudo balela. Hoje, poderiam aumentar 10%, 20% ou 50% a produção de alimentos, que mesmo assim haveria uma grande quantidade de pessoas sem ter o que comer.

E o excedente produzido? vai para o lixo.

Isso acontece por que os governos não estão interessados que todos comam. É necessário que haja muita gente passando fome, por que esses trabalharão nas piores condições possíveis, por qualquer salário que quiserem pagar e se submeterão a qualquer coisa para não voltar a passar fome. É com essas pessoas que os empresários lucram mais, pois irão trabalhar bem além do que devem, sem reclamar.

Por que os governos fazem isso? por que quem controla os governos direta e indiretamente são os empresários. O governo é composto, em sua imensa maioria, por políticos riquíssimos ou financiados por empresários.

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