Recentemente, espalhou-se pelo facebook uma foto publicada por um suposto mesário de Campina Grande que provaria que a urna eletrônica de sua sessão já estava com 400 votos para Dilma antes mesmo de começar a votação.
A foto foi amplamente compartilhada pelos eleitores de Aécio Neves como forma de induzir a todos a pensarem que as eleições seriam fraudadas para beneficiar Dilma Roussef.
O site E-farsas analisou a imagem para descobrir se seria verdadeira ou uma montagem:
Link da matéria aqui:
O boletim da urna fotografado por Ricardo Santiago apresenta o número 16589 e o código de identificação 725.847.686.947.768.967.103.448.
Analisando a foto do impresso, podemos notar que a numeração correspondente à votação do Aécio Neves possui somente um dígito. Os demais campos numéricos possuem 4 dígitos [até mesmo os de valor 0].
O código 725.847.686.947.766.967.103.448 mostrado no papel impresso evidencia ainda mais a farsa, pois através desse número é possível rastrear a origem da tal urna.
Para evitar fraudes, o TSE disponibiliza antes das eleições uma página com todos os códigos de carga de todas as suas urnas. Em 2014, o link é esse:
O que se segue na matéria do E-farsas é uma explicação complicada, que irei resumir aqui.
Através de uma busca nos arquivos disponibilizados no site do TSE, descobriram que o código de identificação dessa urna pertence na verdade a uma urna do Rio de Janeiro e não de Campina Grande. Apenas isso já prova que a foto é uma montagem. Ao verificarem a quantidade de votos da urna, havia apenas 353 votos (menos que os 400 informados), sendo 144 para Dilma, 172 para Aécio e o restante brancos e nulos.
Em toda eleição é assim. Sempre quando um candidato está sendo mostrado com chances de perder as eleições, seus eleitores começam a postar na internet dezenas de informações que façam as pessoas desconfiarem do resultado das eleições, para que pensem que se o seu candidato perder é porque houve fraude e não porque foi rejeitado pela população.
Para fraudar uma eleição presidencial, seria necessário fraudar não apenas algumas urnas, mas milhares delas. Na maioria das etapas de uma eleição há fiscais dos partidos verificando se tudo está sendo feito corretamente. Se algo de errado acontecesse, eles denunciariam.
