terça-feira, 15 de julho de 2014

Araçatuba-SP: Médicos cubanos estão sem receber da prefeitura e ameaçam ir embora


O programa Mais Médicos do governo federal está sendo um grande sucesso por todo o país, por conseguir colocar para trabalhar, em pequenos municípios e regiões periféricas das grandes cidades, médicos para trabalhar 40h semanais no atendimento em postos de saúde dos municípios.

O programa é uma parceria entre o governo federal e os municípios que recebem os médicos. 

O governo federal paga o salário dos médicos e o município precisa arcar com a alimentação, moradia e transporte dos médicos.

Mesmo a um custo tão baixo, alguns prefeitos não cumprem com suas obrigações, fazendo com que alguns dos médicos desistam de trabalhar naquele município. Por causa de tão pouco dinheiro a população do município perde profissionais de saúde muito importantes.

É o que pode acontecer com os 26 médicos cubanos recebidos pelo município de Araçatuba, São Paulo. Eles estão ameaçando sair da cidade, porque a prefeitura não está pagando os auxílios que é obrigada a pagar.

Além disso, estão pedindo os comprovantes e notas fiscais aos médicos, para que justifiquem centavo por centavo os gastos, para que devolvam o excedente não gasto. No caso de médicos casados, que trabalham na cidade, está pagando apenas um auxílio para os dois.

Foi determinado em lei municipal, em dezembro de 2013, que os médicos receberiam o valor de R$ 2,5 mil de auxílio moradia e R$ 500 de auxílio alimentação.

A prefeitura afirmou que houve atraso nos pagamentos, mas que irá voltar a pagar no dia 18 os auxílios, mas que irá também reduzir o valor do auxílio moradia para R$ 1,7 mil.

Estadão - Médicos cubanos ficam sem receber e ameaçam parar em Araçatuba (15/07/2014)

É incrível que um prefeito que consegue contratar 26 médicos para trabalhar nos postos de saúde do seu município, tendo que desembolsar apenas 3 mil reais por cada um, se negue a pagar esse valor e ainda queira reduzí-lo.

Antes do Mais Médicos, muitos prefeitos se queixavam de médicos que recusavam salários de 15 mil e até mais para trabalhar em seus municípios. Agora alguns prefeitos, mesmo ao custo de 3 mil ou menos não se dão ao trabalho nem de pagar esses auxílios. Quem perde com isso é apenas a população pobre desses municípios, que pode voltar a ficar sem médicos e sofrer bastante com um atendimento muito precário.

0 comentários:

Postar um comentário