domingo, 23 de março de 2014

Marcha que pedia a volta do governo militar é um fiasco


A tão anunciada "Marcha da família com Deus pela Liberdade contra o comunismo 2", feita em comemoração aos 50 anos do golpe militar no Brasil foi um grande fiasco. Cerca de 700 pessoas compareceram em São Paulo e 200 compareceram no Rio.

A marcha do Rio contou com a presença do deputado federal Jair Bolsonaro, defensor do governo militar, que já fez inúmeros discursos no congresso elogiando o período da ditadura. Ao ser questionado por repórteres se era a favor de uma intervenção militar no Brasil, ele se esquivou, dizendo que preferia não comentar a proposta da marcha.

G1 - Grupo faz reedição de Marcha da Família no Centro do Rio

Também compareceram às marchas grupos de Skinheads (neonazistas fazendo a segurança da marcha), membros do movimento integralista (defensores do fascismo), além de alguns religiosos, grupos anti-aborto e militares.

Alguns dos gritos dos manifestantes: "Não queremos eleição, queremos intervenção", "Verde e amarelo, sem foice e sem martelo" (em referência ao comunismo).

Acreditando que a marcha seria grande e prevendo que haveria tumulto, a PM de São Paulo designou 900 policiais para fazer a segurança. Acabou havendo mais PMs que manifestantes. Algumas pessoas fizeram mini-protestos contra a marcha. Dois rapazes usando roupas femininas exibiram cartazes que diziam "Marcha (praticamente da) família" e "Marchinha quase da família". Tiveram seus cartazes rasgados e foram expulsos do meio dos manifestantes da marcha. Outra corajosa (ou louca) pichou um cartaz verde amarelo que dizia "O Brasil não é colônia de Cuba". Os skinheads fortões correram atrás dela para pegá-la e ela se refugiou numa farmácia, de onde só conseguiu sair acompanhada da polícia.

Folha - Marcha da família com Deus reúne 700 pessoas - quatro são detidos

Um protesto bem humorado contra a marcha
Na manifestação do Rio, alguém tirou uma foto, que considero bem engraçada, de uma discussão entre os integrantes da marcha e um rapaz contrário a ela. Um dos integrantes da marcha é mostrado apontando para o rapaz opositor o livro com o seguinte título "O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota" do escritor Olavo de Carvalho. Pelo que pude entender, ou ele não leu o livro ou o livro não cumpre o que promete, pois precisa ser muito idiota para estar numa manifestação pedindo a volta do governo militar.


No Rio de Janeiro, a marcha teve de ser dispersada com balas de borracha, quando outro grupo com cerca de 200 pessoas pessoas começou a hostilizar os integrantes da marcha. De um lado havia gritos de "terroristas" e do outro "fascistas". A polícia interveio antes que as coisas ficassem piores.

Se quer conhecer os objetivos e o que pensam os integrantes dessa marcha, veja a entrevista em vídeo da TV Folha com os manifestantes.

Segundo o organizador da Marcha, quem governa o Brasil é o dono do mundo, o "barão de Rotchischild". O Sarney é o "gerente-mor" do dono do mundo. Ele governa o Brasil desde o fim do regime militar e o Collor sofreu um impeachment porque o dono do mundo quis. O dono do mundo também pretende implantar um bloco socialista na América Latina, ou seja, uma nova União Soviética.


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