Realmente, não existe situação tão ruim que não possa ficar pior.
Após o Brasil ter engolido durante todo o ano de 2013 o deputador Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da comissão de Direitos Humanos da Câmara dos deputados, agora quem quer assumir o cargo é ninguém menos que Jair Bolsonaro, fortemente apoiado pelo próprio pastor Marco Feliciano.
Se o Bolsonaro assumir a presidência da comissão, sua função será a mesma do Feliciano: fazer de tudo para que a comissão seja apenas um grande faz de conta.
Grande defensor da ditadura militar, opositor do movimento LGBT e de grupos esquerdistas de todos os tipos, Bolsonaro é um dos piores inimigos dos defensores dos direitos humanos. Tê-lo nessa comissão é equivalente a ter um deputado dono de empresas altamente poluidoras presidindo uma comissão de preservação do meio ambiente.
Seu nome, se realmente for indicado para concorrer à presidência, irá sofrer uma resistência muito maior do que o Feliciano, mas ele não está nenhum pouco preocupado. "Tiro de letra essas críticas. Sinto que já estou com um pé dentro da comissão."
O Globo - Bolsonaro se articula com evangélicos para presidir Comissão de Direitos Humanos
O Globo - Bolsonaro se articula com evangélicos para presidir Comissão de Direitos Humanos
Relembrando alguns momentos de Jair Bolsonaro
O vídeo abaixo é de uma reportagem gravada na época em que se discutia sobre a distribuição do Kit anti-homofobia, que foi apelidado de "Kit gay" por Bolsonaro. No vídeo, Bolsonaro é mostrado distribuindo panfletos dizendo que querem distribuir o Kit Gay para "transformar seu filho de 6 a 8 anos em homossexual".
Jair Bolsonaro Bate Boca com Senadora Marinor Britto
Abaixo o vídeo da participação do Bolsonaro no CQC, que gerou uma repercussão fortíssima por conta de uma resposta à Preta Gil que foi interpretada como racismo. No vídeo também fala contra os gays e sobre sua admiração pelos presidentes da época da ditadura.
Participação do deputado Bolsonaro no quadro "O povo quer saber" do CQC