segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A estranha acusação de ligação entre um deputado e o "manifestante do rojão"

O advogado Jonas Tadeu e o deputado Marcelo Freixo

O portal de notícias G1 da Globo pôs em sua página inicial uma matéria que afirma que alguém disse, que outra pessoa disse que o deputado estadual do Rio de Janeiro Marcelo Freixo estaria ligado ao manifestante que feriu o cinegrafista da BAND com um rojão no último protesto contra o aumento das passagens no Rio.
Na tarde deste domingo (9), o advogado Jonas Tadeu e o estagiário Marcelo Mattoso prestaram assistência jurídica a Fábio Raposo, preso por admitir ter entregado a outro homem o rojão que atingiu e feriu o cinegrafista da TV Bandeirantes [...] Mattoso afirma que uma ativista informou que o homem que acendeu o rojão era ligado ao deputado estadual Marcelo Freixo, do PSOL. O deputado negou a acusação. (G1)

A ativista Elisa Quadros, de apelido Sininho, é a pessoa que o estagiário afirma que fez a declaração sobre o acusado ter ligações com o Marcelo Freixo. A ativista nega. O delegado afirma que ouviu Elisa mencionar o nome do deputado.

Se ela disse isso ou não, é algo que pode ser facilmente provado através da quebra do sigilo telefônico do estagiário ou da ativista. Não vale a pena tirar conclusões antes de ouvir o que realmente foi conversado.

Mesmo que ela tenha dito isso, não é uma prova de que o deputado teria ligações com o manifestante que acendeu o rojão, que por enquanto não sabemos ainda quem é, pois sua identidade ainda não foi revelada. 

O deputado já se manifestou nas redes sociais contra o portal G1, afirmando que é um absurdo a forma como o G1 está explorando o caso.
Além de a fonte da informação ser de uma fragilidade absurda e de a própria ativista negar ter me associado ao ocorrido, nenhuma prova concreta foi apresentada. Aqueles que afirmarem que o responsável pela explosão é ligado a mim terão que provar. Caso contrário, serão devidamente processados. [...] As investigações sobre essa tragédia apenas começaram e é triste ver que um assunto tão importante e delicado é tratado com tamanha irresponsabilidade. A quem interessa transformar uma informação tão frágil num acusação tão grave?
Para tornar o caso ainda mais intrigante, lembremos que o deputado Marcelo Freixo presidiu a CPI das milícias da Assembléia legislativa do Rio de Janeiro, que prendeu centenas de pessoas envolvidas com as milícias, inclusive alguns deputados. O acontecimento inspirou o filme Tropa de Elite 2.

Ontem à noite, através das redes sociais, o deputado Marcelo Freixo divulga a informação de que o advogado Jonas Tadeu, envolvido na denúncia, já foi advogado do deputado estadual Natalino José Guimarães, preso por chefiar uma milícia no Rio de Janeiro.

O advogado após saber das declarações do deputado, disse que que não possui nenhuma ligação com milicianos. Disse que nunca mais conversou com o ex-deputado/miliciano Natalino, tendo sido seu advogado apenas em seu processo de cassação na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.



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