quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Derrubaram as casas do Pinheirinho com os pertences dos moradores dentro




Acabei de ver uma reportagem da Record, que mostra que muitos dos barracos do Pinheirinho foram derrubados com os pertences dos moradores dentro. Muitos não puderam tirar seus pertences devido à pressa em derrubar os barracos. Não haveria como no tempo de dois dias retirar todos os pertences de todos os moradores das casas.

Após a derrubada, muitos voltaram para buscar o que restou, mas vários não encontraram os seus pertences, que haviam sido saqueados. Outros encontraram suas coisas destruídas.

É terrível continuar vendo isso a cada dia, mas preciso ver e mostrar isso para as pessoas, para que as mesmas vejam o tamanho da atrocidade que cometeram contra essa gente. Tanta pressa para entregar logo ao antigo dono, só para que ele venda o mais rápido possível para investidores do ramo imobiliário, já que o terreno agora vale em torno de 180 milhões.

Pois é, leitor, no mundo de hoje, a defesa da propriedade privada é muito mais importante que a defesa dos direitos humanos fundamentais, mesmo que o dono da propriedade seja um grande criminoso como o Naji Nahas. No capitalismo, o individual está sempre à frente do coletivo. O bem estar de alguém rico está sempre à frente do bem estar dos pobres.

Muitos na internet estão elogiando a operação, falando que a lei e a ordem foi estabelecida, estão chamando esse pobre povo de vagabundo, de bandido e outras coisas mais. As tvs, revistas e jornais mostram que havia tráfico e consumo de drogas na região, como se isso não existisse até nos bairros nobres.

O nível de alienação no qual chegou a maioria da população é absurdamente alto. Chegou a um ponto em que é difícil demais de mostrar coisas óbvias às pessoas. A imprensa repete seus absurdos todos os dias e de tanto ouvirem, as pessoas os repetem também sem nem pensar no que estão dizendo.

Depois desse lamentável episódio e mais uma vez ver a péssima cobertura dos principais meios de comunicação, decidi de uma vez que vou ser um jornalista. Casos de injustiça contra a sociedade são coisas comuns, mas esse foi a gota d'água. Daqui para frente pretendo me dedicar a aprender o máximo sobre a profissão de jornalismo e me tornar um. Caso seja necessário, talvez faça uma faculdade de jornalismo.

Continuarei cobrindo o caso, conforme surjam novas notícias.

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