segunda-feira, 14 de julho de 2014

Em manifestação, fotógrafo do Portal Terra capta momento em que apanha de policial


O fotógrafo Mauro Pimentel do Portal Terra, denunciou a agressão sofrida por um PM neste domingo, dia 13, num protesto ocorrido no Rio de Janeiro, próximo ao Maracanã. Houve outras 14 denúncias de agressões a jornalistas, segundo o Sindicato dos Jornalistas.

Abaixo estão alguns trechos de uma matéria do G1:
[...]O protesto era pacífico até o momento em que os manifestantes tentaram sair da praça em direção ao estádio. A PM fez um cerco no local, impedindo a passagem das pessoas e atirou bombas de efeito moral para dispersar a multidão, dando início ao tumulto.
O fotógrafo do Portal Terra, Mauro Pimentel, 28 anos, também diz ter sido alvo de agressões por parte da PM quando fazia uma reportagem sobre a manifestação. Em entrevista ao G1, ele contou como foi a ação da polícia.
“Eles gritaram: 'Para trás, para trás', começaram a bater e jogaram o spray de pimenta. Só que eu estava de máscara e continuei fotografando. Foi quando um cara [PM] me deu um chute na perna esquerda. Outro policial me segurou e me empurrou para trás. Só vi o cassetete no meu rosto. O filtro quebrou e a máscara trincou, mas segurou bem a pancada. Se estivesse sem aquela máscara fechada e o capacete estaria, no mínimo, com o nariz quebrado”, afirmou Mauro, que conseguiu fotografar o rosto do policial que o teria agredido.
O fotógrafo afirmou ainda que estava identificado como jornalista. “Estava de crachá e com capacete preto escrito 'imprensa' e com a logo do Terra. Não tinha como fazer confusão”, garantiu o profissional, destacando que a atuação da PM foi diferente neste domingo. “Estou cobrindo as manifestações desde meados do ano passado. Já vi policiais praticando agressões e outros pedindo para agir de forma diferente. Ontem não. Todos estavam hostis desde o início”, contou.
Em nota, a Polícia Militar alegou que dados da Inteligência mostravam que um grupo tinha a intenção de se dirigir à entrada do Maracanã, colocando em risco a segurança de milhares de torcedores. A corporação ainda afirmou que todas as denúncias e imagens recebidas relativas a excessos cometidos por policiais militares serão encaminhadas à Corregedoria e apuradas.
É terrível que policiais militares do Rio de Janeiro agridam de tal maneira jornalistas que estão cobrindo a manifestação. 

Agressões por parte da polícia seriam até justificadas, caso houvesse algum tipo de depredação, e mesmo assim, com foco naqueles que estivessem realizando as depredações.

Agredir a todos os que estão reunidos, mesmo que não esbocem qualquer tipo de reação violenta é uma atitude totalmente desnecessária  e um enorme abuso de poder. O pior é que isso está se tornando uma constante nas manifestações. 

Se havia a intenção dos manifestantes de se dirigir ao estádio do Maracanã, o que deveria ser feito era simplesmente barrar a entrada dos manifestantes e em caso de tentarem forçar a passagem, aí sim usar a força para impedir que manifestantes violentos ultrapassassem a barreira. Mas o que houve lá foi uma violência indiscriminada contra qualquer um, independente do comportamento. Até mesmo um cinegrafista canadense que estava sentado numa calçada levou um chute de um policial e ainda denunciou que teve uma filmadora roubada por um PM.

A Polícia Militar, que é uma instituição que deveria ser usada para cumprir a lei, está sendo usada para infringir a lei, impedindo que as pessoas se manifestem pacificamente, que é um direito de todos os cidadãos brasileiros. 

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