quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O Big Brother político e o falso combate à corrupção pela imprensa



A imprensa já está fazendo das prisões do Genoíno e do José Dirceu um Big Brother. Como se as pessoas fossem se interessar por cada espirro que dão.



O interessante é que isso é só com eles. O senador Demóstenes Torres, comprovadamente corrupto, que perdeu seu mandato de senador, mas que está solto não tem sua vida acompanhada, menos ainda o bicheiro Carlinhos Cachoeira, nem o tal deputado Donadon que está preso e não perdeu o mandato.

Não sou petista, mas irrita essa perseguição à corrupção somente quando ela está ligada ao PT ou aliados dele. Quando a corrupção envolve outros partidos, a imprensa menciona os casos por bem pouco tempo. No caso dos cartéis do metrô de São Paulo, em que políticos do PSDB são acusados de superfaturar em 30% os trens e metrôs do estado, a imprensa deu muito pouca atenção, com exceção da revista Época, da revista Carta Capital e alguns outros com pouca audiência.

No caso do helicópetero com 450kg de pasta base de cocaína de um político do PDT, aliado também ao PSDB em Minas Gerais, teve pouca repercussão na grande imprensa e rapidamente foi esquecido por ela. Mas tenho certeza de que se fosse um político aliado do PT ou mesmo filiado ao PT, falariam nisso por meses indefinidamente.

Me irrita essa falsa luta contra a corrupção da imprensa, que persegue os políticos de que não gosta e blinda os políticos de que gosta. E isso não é exclusividade da imprensa de direita. A imprensa de esquerda também faz isso muitas vezes, exaltando casos de corrupção de partidos opositores do governo Dilma e suavizando ou até ocultando casos de corrupção de políticos esquerdistas.

Hoje em dia é necessário se informar em no mínimo 2 ou 3 meios diferentes, na tentativa de entender o que realmente acontece. Infelizmente há partidarismo por todos os lados na imprensa.

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